Além da morte, além da sepultura,
Onde a ciência encontra a paz do nada,
Começa a luminosa e longa estrada
Que reconduz à Vida eterna e pura.
Da carne, é o pesadelo, a noite escura,
A fantasia e a luz abandonada,
Na alma liberta, a santa madrugada
Na alegria de nova semeadura!
Oh! viajores no inverno dos caminhos,
Aves cansadas dos terrestres ninhos,
Vencei as dores para bendizê-las...
Aguardai a Divina Primavera,
Que outra vida mais alta vos espera
Entre as rotas sublimes das estrelas!
Autor: Antero de Quental
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