"De nada sabes, Mãe..." eis que eu dizia
A gritar palavrões , cerrando a porta...
Trocando-te doente e semi-morta
Por noites de ilusão e rebeldia.
Lembro-te trabalhando, qual que via,
No tanque de lavar, no apoio à horta...
Partiste para o Além... A dor me corta,
Entretanto, o prazer me consumia...
Fui rica, mas a morte em meu cansaço
Tudo arrasou em penúria e fracasso,
Falando-me em remorso e ingratidão...
Sinto-me só, embora socorrida,
Vem amparar-me, luz de minha vida,
Anjo querido de meu coração.
ANA MONTEIRO
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